Após enchente, asfaltamento da ERS-516 será retomado

Os moradores de São Martinho da Serra esperam por várias décadas que a estrada que liga o município a Santa Maria seja asfaltada. Nos últimos três anos, a ERS-516 está em obras, mas a maioria dos 17 km ainda precisa ser finalizada. 

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Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o trabalho foi interrompido com as chuvas de abril e maio. As máquinas retornaram aos trechos na primeira semana de agosto, e devem seguir até julho de 2025, data prevista para a conclusão de toda a estrada. 

Na passagem pela ERS-516, na última terça-feira, a reportagem do Diário encontrou uma única máquina trabalhando na encosta, em um dos primeiros quilômetros da estrada, mas a previsão é que novo trecho receba asfalto em breve. Desde setembro de 2021, quando iniciou a obra, já são mais de R$ 19 milhões investidos. Somando a isso, há um aditivo de R$ 13 milhões, que possibilitará que a pavimentação avance para sua conclusão. 

Até agora, cerca de um terço da rodovia – 7,7 km – está concluído e sinalizado adequadamente. Mas ao passar pelo trecho, a partir do km 9 no sentido Santa Maria-São Martinho da Serra, os condutores trafegam por uma pavimentação incompleta. São 13,3 km que precisam da última camada de asfalto e sinalização. Esse trabalho parcial foi realizado até a ponte Ibicuí-Mirim. A partir dela, nos 4 km até o pórtico de entrada do município, é necessário começar do zero.

Problemas

Nos mais de 10 km em que o trabalho está inacabado, os condutores precisam desviar de buracos e ter atenção redobrada em trechos em que a pista tem pedras soltas e muita poeira durante a passagem. Mesmo que esteja complicado trafegar na ERS-516, é melhor do que anos atrás, conta o agricultor Carlos Humberto Brito Lopes, 60 anos. Ele usa a estrada há mais de 44 anos. Nos últimos anos, duas vezes ao dia. E não vê a hora de a estrada estar concluída.

 – Melhorou bastante. Só falta a conclusão agora. A partir da ponte, teriam que agilizar, naquele trecho até a sede do município. Ali é uma necessidade muito grande – salienta Lopes. 

As atuais condições da via dificultam algumas atividades simples e necessárias da comunidade. Como é o caso da aposentada Maria Trindade, 76 anos, que, para ir marcar uma consulta, precisa atravessar no mesmo local em que passam os veículos. No trecho, não há calçada, e o acostamento é um caminho estreito e improvisado. A poeira também encobre o caminho em dias secos. 

– Eu caminho com dificuldade tenho que esperar um pouco. Está estreito ali para passar. Tem que ter calma, pois não adianta se apurar. Aqui é perigoso. Até minhas filhas dizem para eu me  cuidar nos trechos – reclama dona Maria.

Projeto da ponte

Além do asfalto, a ponte do Ibicuí-Mirim pode ser ampliada. Ela é de sentido único e intercalado. Um projeto para a nova ponte com mão dupla está sendo feito. Conforme Daer, está em fase de conclusão.

Trechos

Sentido saindo de Santa Maria em direção a São Martinho da Serra

• Primeiros 2 km – Sem sinalização, com a primeira camada do asfalto
• Nos 7,7 km seguintes – Asfalto pronto com sinalização adequada
• A partir dos 10 km até ponte Ibicuí-Mirim – Com a primeira camada de asfalto, muitos buracos na via, e em alguns trechos só com brita solta
• A partir da ponte – A obra não iniciou

Prazos para conclusão

Após as enchentes, retomaram a obra na 1ª semana de agosto

• Etapa atual – Asfalto no km 0,3 até o km 13,2
• Em seguida – Início no km 13,3 até o km 17,3 (após a ponte até início de São Martinho da Serra)
• Entrega até julho de 2025